Presenteado pela simplicidade de dançantes corpos nus.
Meninas brincantes e levemente convidativas, ali zombavam da minha cara, do meu corpo, gritavam pra minha ignorância de querer estar com elas. O de cima era esquecido quase que sempre e o foco ficava nos pés, aqueles também malabaristas com seus novelos de lã, que
brincavam com a imprecisão e com o desequilíbrio.
Totalmente entregue depois de um tempo eu sobressaltava aos outros - pensantes acadêmicos loucos por palavras - já estava dito pela nudez e pela relação, o que mais questionar (?).
No emaranhado de fios cheios de vida - histórias - me vi inteligente, eu tinha esquecido a diferença de ver e olhar, não resgatei por mim, mas por elas, essa distinção, aquelas duas jovens de espírito inabalável em seu fazer. Fiandeiras de almas que arrancavam sussurros de mim durante o tempo em que meus olhos, ao não desgrudar delas, se refestelaram da pura felicidade de estar em cena.
Agradeço o momento.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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